Eu VIRTUAL






Quem imaginaria como as pessoas poderiam ser escravas de si mesmas como nesta era virtual? Pode ser na vida pessoal ou na vida profissional nos deixamos levar numa frenética necessidade de diariamente ter que “aparecer”, os motivos variam e até não importam... desde que – mesmo sem sentido, divulguemos alguma coisa.

Como uma multidão de robôs, vamos tentando “caminhar” neste universo paralelo. De Facebook, Instagram, TikTok, Twitter, Linkedin, Youtube, Whatsapp... se você “apareceu” ontem, terá que aparecer amanhã. Isto lembrou meu início de carreira quando numa entrevista de um futuro emprego, levei no portfolio uma campanha real - que inclusive estava veiculando - e o entrevistador disse: - Ok legal sua campanha, mas quem garante que você vá fazer outra amanhã? Saí de lá frustradíssima e claro xingando o cidadão. Depois fiquei sabendo que ele já tinha um amigo candidato previamente escolhido pra vaga. No mundo virtual não é diferente – se você teve uma postagem que rendeu boas curtidas hoje, quem garante que amanhã conseguirá o mesmo? Viramos uma empresa que precisa produzir conteúdos – somos nossos próprios influenciadores digitais...

Nos contaminamos com este sedutor modus operandi. Não percebemos que este rolo compressor virtual acaba com nosso intelecto e autoestima – estamos escravos de nós mesmos.

Tentar vivenciar mais o mundo real do bate papo presencial, do abraço físico, de olho no olho, pode ajudar a reconexão com a vida de verdade... 


 

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